Como já é de costume todo ano entramos na torcida da categoria mais glamourosa do red carped mais importante do cinema mundial. Já começamos as especulações e os dedos cruzados com a lista dos concorrentes ao Oscar de Melhor Figurino que a Academia de Artes Cênicas e Cinematográficas revelou para 2014. Esse ano vemos de novo que os indicados a essa categoria também são os queridinhos das outras categorias mais importantes do Oscar e que a predileção por indicações a filmes com figurino de época se mantém.
“Trapaça”
O filme que se passa noas anos 1970 é marcado pelo glamour da década. A história se trata, claro, de trapaças, golpes e amores, permeado com um toque de humor. O figurinista Michael Wilkinson, que já assinou os figurinos de “Tron: O Legado”, “Watchmen”, “300” entre outros, concorre ao seu primeiro Oscar com um figurino cuidadosamente trabalhado e que passa toda a idéia de glamour da época, mas sem parecer exagerado (para o contexto dos ano 70), pelo contrário. As roupas remetem a uma atmosfera bastante real, sem deixar de lado os pontos fortes setentistas, como o cabelo estilo Farrah Fawcet.
O filme que teve o figurino mais comentado do ano, inspirou coleções de grifes e muitos editoriais de moda é baseado no livro de F. Scott Fitzgerald que conta de forma narrada o conturbado romance de Jay Gatsby e Daisy Buchanan, em 1922. O figurino teve a colaboração de Miuccia Prada (o que só aumentou o burburinho sobre as roupas) e é assinado pela figurinista Catherine Martin, também indicada ao Oscar de Design de Produção. Se uma palavra pode definir o figurino desse filme é luxo, muitas joias, pedras, franjas, peles e modelagens inerentes a década de 20.
“The Invisible Woman”
O filme que sobre a história do romance secreto entre a atriz Nelly Ternan e o romancista Charles Dickens se passa entre 1830 e 1850, tem o figurino assinado por Michael O’Connor, que recebe sua terceira indicação ao Oscar, antes havia sido por “Jane Eyre” e “A Duquesa” (que o fez levar a estatueta). A ressalva fica por conta da semelhança dos figurinos de “The Invisible Woman”e “Jane Eyre“, explicada pela proximidade das décadas em que os filmes se passam (embora ainda não justifique…). O ponto interessante é a mudança do figurino da protagonista que vai dos tons pastel para os mais pesados para mostrar a mudança de tempo.
Baseado em fatos reais, o filme conta a história de Solomon Northup, um pai de família negro e livre que mora em Nova York, em 1841. Após ser enganado por traficantes é vendido e enviado para a Louisiana, onde é escravizado. A figurinista Patricia Norris, 82 anos, concorre pela sexta vez ao prêmio, e, desta vez tem muita chance de levar, pela primeira vez, a estatueta. O trabalho da pesquisa para a construção do figurino foi bastante trabalhoso, pois existem poucos registros fotográficos da época. A figurinista fez sua própria pesquisa, e algumas deduções, até chagar no que seria na ideia final. Como os escravos eram trazidos nus, os novos donos tinha a incumbência de vesti-los, Patricia imaginou que as vestimentas então seria roupas velhas, usadas antigamente pelos senhorios e já muito desgastadas pelo trabalho. Uma curiosidade é que as roupas foram feitas a mão, somo na época, e algumas peças foram importadas de fora dos Estados Unidos.
A indicação do figurinista William Chang Suk Ping ao Oscar tem seus pontos particulares, o comentário mais forte obre a indicação não recai sobre o figurino, mas sobre o figurinista que é conhecido por ter predileção a trabalhos menos comerciais e filmes com menor bilheteria. O Grande Mestre conta a história do mestre em artes marciais Ip Man durante a metade do século 20, na China. Para concretizar o figurino, Willian Chang Suk Ping juntou um acervo de contas, miçangas, rendas e tecidos por dois anos.
Já deu pra perceber qual o meu predileto, né? Hehehe. Agora é esperar a cerimonia, o adorado red carped e a premiação! Será que vem surpresa esse ano?