Imagine crescer num mundo em que você não se vê representada em lugar algum. Imagine ter apenas brinquedos que não te refletem. Imagine ter bonecas que não combinam com o que você é. Imagine desejar uma Barbie, mesmo ela sendo tudo que você não é. Não parece fácil, e não é mesmo. As discussões sobre a representatividade da diversidade tem crescido, principalmente em torno da boneca que sempre representou o desejo feminino desde a infância.
Muito embora a Barbie seja um exemplo positivo de mulher independente – sim, a Barbie nunca se casou (só as amigas dela), se sustenta sozinha, e exerce a profissão que quer – a boneca também é um esteriótipo que prejudica a auto estima feminina, justamente pelos motivos já citados.
Mesmo com edições especiais pra colecionadores nas quais a Barbie aparece em diferentes formas, etnias e culturas, a boneca que chega às prateleiras das lojas e aos quartos das meninas segue um padrão bem rígido e pouco representativo. O corpo esquio, magro, alto, com cabelo loiro e liso e olhos azuis já gerava crise na Mattel há anos, mas as mudanças demoraram a acontecer e só chegaram depois da queda nos lucros.
A diminuição nas vendas demonstrou a insatisfação pela não representatividade e fez com que, finalmente, mudanças boas viessem. Depois de anos de pesquisa e produção secreta a fabricante anunciou a pluralidade da nova Barbie. Agora a boneca tem 3 novos tipos de silhueta, 7 tons de pele, 22 cores de olho, 14 formatos de rosto, 30 cores de cabelo e 24 penteados.
https://youtu.be/vPETP7-UfuI
São movimentos como esses que mudam a auto estima de toda uma geração de mulheres que serão representadas em bonecas desejadas e assim aceitarão suas imagens, lindas como são, diferentes como são e especiais pra cada uma.